(sem título)

(...) Venho manifestando já por vezes minha opinião de que cada povo e até cada indivíduo, em vez de sonhar com falsas “responsabilidades” políticas, devia refletir a fundo sobre a parte de culpa que lhe cabe da guerra e de outras misérias humanas, quer por sua atuação, por sua omissão ou por seus maus costumes (...) – O Lobo da Estepe



quando eu fosse bem pequeno
tamanho metade de um arroz
acompanhava essas formigas que visitam minha cozinha
até achar essa toca esbelta
onde as operárias organizam revolução

aí marchava com elas
segurando acima do corpo não um grão de açúcar
ou uma folha de orégano
mas um pedaço bem grande de espelho
que não se sabe onde
como
quando
quebrou